Como prevenir deformidades nos pés causadas por esportes

No Dia do Atleta Profissional, ortopedista faz alerta para que se evite sobrecarregá-los

O Dia do Atleta Profissional, sexta-feira, 10 de fevereiro, foi uma ocasião para aqueles que com frequência sobrecarregam os pés nas práticas esportivas adotarem mais cuidados para não sofrerem com possíveis deformidades. De acordo com o ortopedista especialista em pés André Perin, a corrida e os saltos, por exemplo, comumente causam tendinite de Aquiles. Outros problemas comuns entre aqueles que praticam muito esporte são a fascite plantar e a fratura por estresse.

A tendinite de Aquiles é a inflamação e degeneração do tendão calcâneo, que causa dor e rigidez atrás do tornozelo. Cerca de 70% das pessoas com o problema são corredores ou praticantes de esportes com corrida. Segundo o médico, a doença é causada pelo estresse repetitivo além do que o tendão suporta. A menor resistência pode ser devido a fraqueza, envelhecimento, diabetes, ganho de peso ou mudanças no treino.

“O aumento de volume ou frequência, alterações de superfície, treinos em terrenos desnivelados ou com descidas e subidas e mudanças de calçado, além da má técnica esportiva, são outras causas de sobrecarga no tendão”, explica.

Já a fascite plantar é uma doença que afeta principalmente quem tem mais de 40 anos, com dor, queimação na sola, pontada ao pisar quando acorda, ardência e fisgadas. A fáscia é um tecido fibroso que percorre todo o corpo. No caso dessa doença, a parte afetada é a fáscia plantar, que cobre a musculatura do pé do calcanhar até os dedos.

“Entre as principais causas estão os exercícios de alto impacto, curvatura do pé acentuada, uso de calçados inadequados, deformidades nos pés, falta de alongamento ligada a atividades de intensidade, muitas horas em pé e envelhecimento”, detalha o médico.

Algumas medidas ajudam na prevenção, como alongamento de músculos e ligamentos antes e depois de qualquer exercício e usar calçados adequados para atividades físicas. O sobrepeso pode gerar uma carga maior nos pés, portanto manter o peso também é importante para não ter a doença.

“Pé chato e alterações da marcha, como pisar com o pé torto, principalmente com a parte de dentro dos pés, são outras causas”, acrescenta o ortopedista.
A fratura por estresse, por sua vez, é uma lesão bastante comum entre atletas de triatlhon, corrida de montanha e maratona, que fazem com que eles ultrapassem a resistência óssea e causam esgotamento muscular por esforço excessivo, com a falta de absorção de impactos acumulados. Os músculos fadigados transferem a sobrecarga para o osso causando a fratura, com dor e enfraquecimento ao pisar.
“O tratamento requer repouso de toda atividade de impacto, podendo o atleta realizar exercícios na água e de fortalecimento e alongamento para manter a condição muscular e cardiorrespiratória. Nas fraturas severas, a cirurgia pode ser necessária para a readaptação adequada, e a reabilitação dura em média seis meses”, conclui Perin.

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